Vidas que, quer queiramos quer não, fazem parte de nós.
Café de praia, mais concretamente em Sesimbra.
Na mesa ao lado, um grupo de quatro jovens. Frente a eles um crepe e um imenso gelado.
Dividem-no entre si, numa algazarra alegre. A determinada altura algo chama a minha atenção.
Falam, conversam. Ouço um a falar num francês impecável, outro num belo inglês, outro num italiano correcto e, o último, o nosso português.
Até aqui nada de estranho. O insólito, se é que se pode considerar como tal, é que cada um falava na sua lingua, o diálogo era feito na lingua de cada um deles.
Daquela miscelânia de línguas resulta uma maravilha de sons.
Só por isto, se outra razão não houvesse, valeu a pena a vinda até aqui.
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3 comentários
De Argos a 09.07.2014 às 21:54
Olá
Por vezes as palavras são um entrave à comunicação, outras vezes não...ou será que o entendimento é feito através dos sons alegres?
Abraço grande
(copiar os caracteres quantas vezes para poder publicar?:))
Claro que não!
A alegria é um factor acessório, nada mais.
O que fascinava naquela conversa era o diálogo, sem hesitações, sem paragens, em que cada um falava a sua (?) lingua.
Uma autêntica, e rica, miscelânia linguística.
Abraço.
P.S. Já tentei desactivar a obrigatoriedade da introdução dos caracteres, só que ainda não consegui.