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Vidas que, quer queiramos quer não, fazem parte de nós.
Mais um mês, princesa?
É verdade! E já fazes cinco meses, cinco.
Ena, tantos, não é?
E cada vez mais bonita, e esses olhos cada vez mais azuis, e toda tu uma beleza que vai para além, muito além, da vulgaridade.
Vaidosa!
- Já viste como estás crescida?
Se estás tão crescida como a mamã? Não diga tontices, ouviu? Calma, ainda falta um bocadinho.
- E como o papá?
- Também não, ainda falta mais.
- E como a avó?
- Um bocadinho menos.
- E como o avô?
- Um bocadinho mais.
- E como a bi?
- Um bocadinho menos.
- Menos que a avó?
- Sim!
- Então quero ser igual à bi.
- Ora, menina não diga tontices. A menina tem que crescer devagarinho, como todos os meninos.
- Buuuááááááá, quero ser crescida depressa, buuuáááááá!
- O que foi que disseste baixinho que nem percebi?
- Que te vão chamar tonta, eh, eh, eh!...
- Porquê?
- Depois deste diálogo improvável, o que esperas?
- Eu? Nada, rigorosamente nada. Estas conversas são só nossas, ou não?
- Sim!
- Então, pronto!
Que Deus te proteja, pequenina, que Deus te abençõe vida fora. Que a vida nunca te seja madrasta.